por Perilo Borba
Claro, essa referência do título (3.16) logo nos lembra de: “…Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que, todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Porém, tendo sido proposital ou não, no mínimo, foi uma grande coincidência que, após a divisão do texto bíblico em capítulos e versículos, outra verdade, semelhante a esta, escrita também por João, tenha “caído” justamente em uma referência 3.16:
“Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (I João 3.16)
Se no Evangelho, João escreveu que Deus amou e deu o Seu Filho, na sua primeira Epístola ele escreveu que, por esse mesmo amor que é “de tal maneira”, Jesus deu a vida por nós e nós devemos fazer o mesmo pelos irmãos.
Em outras palavras, ele reforçava o ensinamento do Mestre sobre o novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei… Assim, conhecerão que sois meus discípulos” (João 13.34-35).
A referência bíblica (3.16) é quase a mesma, a motivação deve ser a mesma, assim como a atitude também… A diferença entre os versículos são os sujeitos. No Evangelho, Deus amou e Deus deu. Na Epístola, Jesus amou e Jesus se deu. Até aí, maravilhoso, não é? Porém, na continuidade, João disse que nós devemos nos dar também. A questão é: como reagimos quando nós deixamos de ser os recebedores e passamos a ser os doadores?
Sem mais delongas, acredito ter transmitido a real reflexão que tenho feito já há algum tempo: Tenho me empolgado mais com um 3.16 do que com o outro? O 3.16 do Evangelho (Deus fez) tem me inspirado a cumprir o da Epístola (Eu devo fazer)? A minha prioridade tem sido dar ou receber? Estou amando de “tal maneira”? Tenho me dado em prol dos irmãos? Bem… Estou melhorando e vou chegar lá!
Medite nisso e… chegue nesse nível também.