por Perilo Borba
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim” (Mateus 11.4-6).
Pense um pouco nessas palavras de Jesus… Seria possível alguém achar n’Ele um motivo para tropeçar? Se Jesus falou é porque é possível, é porque é. Sabemos que Ele não pecou, viveu em santidade aqui na terra, mas, mesmo Jesus sendo perfeito, era possível alguém achar um motivo de tropeço, não por Jesus, mas pela própria pessoa.
Se era possível alguém achar em Jesus, é possível alguém achar em mim e em você, mas bem-aventurado é quem não achar. Tropeço é escândalo, é ser seduzido ao pecado, ser levado a desconfiar de alguém em quem deveria se confiar e conhecer. É estar ofendido a ponto de ver no outro o que eu discordo e o que me impede de reconhecer a sua autoridade.
Vamos falar sobre submissão e autoridade, minha mensagem não é sobre pecado, nem sobre uma conduta pecaminosa, que traz escândalo, porque Jesus disse: “Ai daquele por quem vem o escândalo”.
É possível que alguém fique ofendido ao ponto de não reconhecer a autoridade daquele que está sobre ele. Mesmo que essa pessoa não esteja em pecado. “Bem-aventurado, ou mais que feliz, é aquele que não acha”. Então, o que você anda procurando naquele que está acima de você?
Eu quero procurar aquilo que será exemplo e combustível para mim, o que será ajuste, aprendizado, construção e direção para mim. Quero procurar a unção que está naquela pessoa. Erros e falhas todos nós temos e repito: não estou falando de uma conduta de pecado.
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3.12-14).
Você tem motivo de queixa contra o outro? O que deve fazer? Perdoar, o suportando em amor. Vemos o exemplo de Moisés, que assim como qualquer ser humano, tinha suas limitações e cansava, mas Arão e Hur o sustentavam, eles não o criticavam, eles suportaram a Moisés, sustentando suas mãos, qual o resultado? Vitória.
Seu pastor presidente vai ter limitações, por isso, você está lá para sustentar seus braços, e sabe qual é o resultado? Vitória. Devemos ser servos, nos revestindo de amor, bondade e misericórdia, essas são características de um bom ministro.
Esteja satisfeito e feliz com o segundo lugar.
No esporte quando alguém está em segundo lugar dizem que ele é o primeiro dos últimos. Esse conceito do mundo é normal. No mundo você é incentivado a não querer o segundo lugar, mas no Reino de Deus somos satisfeitos com o segundo lugar, satisfeitos em ser o suporte.
Qual o seu nível de satisfação em ser o suporte, qual a sua satisfação pelo anonimato? Tenha cuidado com as suas postagens em mídias sociais, tenha cuidado com as suas intenções, se for se aparecer, tenha cuidado. Julgue a si mesmo.
Na biografia do Ap. Bud Wright você vai ver a história dele, mas também verá a história de Guto Emery, aquele que era satisfeito com o segundo lugar.
Para quem Deus o está chamando para trabalhar? Para ser suporte, para sustentar o braço?
A simplicidade e humildade do Apóstolo Bud permaneceram sendo uma das suas maiores marcas. Simplicidade e humildade faz parte do DNA desse ministério.
Busque ser um servidor, ou seja, aquele que serve. Servidor é um título que todos nós deveríamos ter, porque precisamos nos ver como servidores. Quando Deus levantou Josué Ele falou algo que me marcou muito: “Assim como eu fui com Moisés eu serei contigo” Josué sabia exatamente o que Deus estava dizendo, porque ele acompanhou Moisés de perto.
Ministério é algo excelente, mas é obra. Ministério é trabalho.
“Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo” (I Timóteo 3.6-7).
Por que a multidão se submeteu a Josué? Porque ele tinha bom testemunho. Você só vai colher o que planta.
No livro “Uma vida em chamas”, de Rick Renner, tem um capítulo chamado “Incendiados pela humildade”. Nele, o autor fala sobre Lúcifer. Ele diz que Lúcifer significava alguém que reflete a glória de outro, ele não gera essa glória, ele só reflete, se não tivesse a glória de Deus, ele não refletiria glória nenhuma. Então, é bom lembrarmos que a glória não é nossa.
Você vai crescer, mas sabe por que vai crescer? Porque o seu pastor lhe deu uma oportunidade. Ele faz isso por conta e risco dele.
Não vale a pena você estar no lugar certo, na hora e da forma errada. Você vai cair na condenação do diabo.
O que tem sido o sucesso do seu ministério hoje? Não se alegre com isso não, mas porque seu nome está escrito no Livro da Vida.
“Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes; Porque melhor é que te digam: Sobe aqui; do que seres humilhado diante do príncipe que os teus olhos já viram. Não te precipites em litigar, para que depois, ao fim, fiques sem ação, quando teu próximo te puser em apuros” (Provérbios 25.6–8).
Comecei falando sobre não achar motivo de tropeço, muitas vezes, pessoas se colocam em lugares nos quais elas ainda não têm maturidade para ver algumas coisas e, logo, pode ter motivos de sentenciar outras, se apressando em julgar sem ver tudo e sem ter conhecimento de tudo.
Deus não o chamou para ser juiz, mas para ser suporte!
Lembra dos filhos de Noé? O primeiro viu algo e foi logo falar para os outros dois, que logo ficaram de costas, tem coisas que você tem que ser rápido em virar as costas. Ministério não é lugar para fofoqueiros, cubra as pessoas com o lençol do amor e perdão, sendo suporte e ajuda.
Baseado em tudo que você ouviu, faça o seu compromisso com Deus de ser um suporte, de ser satisfeito com o segundo lugar.
*Trechos da mensagem do dia 17 de julho de 2021, na Conferência de Ministros Nordeste